quarta-feira, 10 de julho de 2013

E REINVENTAMOS A GUERRA FRIA.

Por Gilnei Lima, jornalista

Muitos têm acompanhado as recentes manchetes, reportagens e bobagens que agora ocupam quase todo o espaço da mídia, convidando a imprensa a destacar este jovem ‘salvador da pátria’. Como primeira pergunta, faço a seguinte: Salvar a pátria de quem? E por que este se lançou em desabalo suicida, cometendo crime de traição ao seu país?

Edward Snowden tornou-se, repentinamente, o maior herói das repúblicas bolivarianas, incluindo aí o neo bolivarianismo brasiliensis.

O fato de que o ex-agente da CIA, que era analista de informações, repentinamente ficou tão ‘enojado’ de seu país, porque ele realizava monitorias e espionagens sobre o Brasil. Ora vejam só! Temos aí um homem de valor, que a troco de coisa alguma, lançou-se nas chamas ardentes do inferno de Dante ou de Dan Brown, cada um que escolha seu preferido, para chamar a atenção do mundo para uma novidade tão exclusiva como ter uma caneta bic. Mas claro, após apropriar-se de documentos que comprovam que o Brasil era uma espécie de ‘canal’ de acesso à China e outros países herméticos, tais como os do Oriente Médio, foi buscar refúgio na China comunista, seguiu de lá para a comunista Rússia, que de boba não tem nada, e não pretende dar asilo político ao herói, principalmente porque não vai entrar em um embate com repercussões que podem ser desastrosos nos campos da diplomacia, da economia e, pôr em risco a sempre instável paz entre comunismo e capitalismo. Mas, é claro, sempre têm os valentes guerreiros imbecis da América Latina, assim, comandados pelo ofendidíssimo Brasil, que sobe em palanques para bradar por ‘soberania nacional’, sobre privacidade e respeito aos cidadãos brasileiros’. Enquanto isso as superpotências Bolívia e Venezuela, disputam a guarida do novo Nacional Kid. Talvez lutem entre si ou busquem os irmãos Castro como mediadores da contenda, afinal o Império contra-ataca, e Obama como é o Presidente vestido de sua armadura negra, é o perfeito Darth Veider. Enquanto a rainha brasileira fica ouriçada em dar declarações como se estivesse em um aquartelamento preparada para o combate, vociferando palavras de comando e ordens, incitando a nação contra o americanismo, que já abriga milhares de desinformados, mais uma fácil estratégia de massa de manobra, que se tornou habitué dos tempos atuais. Ganhando tempo, enquanto Obi Wan Ben Kenobi não resolve dar o ar de sua presença, afinal é o conselheiro-mor como mestre Jedi, os brasileiros entorpecidos pela oportuna bravataria, achou um novo responsável pelas mazelas do país – OS AMERICANOS. As vozes ensandecidas das ruas, contra a corrupção e contra o desrespeito aos brasileiros, acabaram de ser direcionadas a esbravejar seu repúdio ao novo alvo. A rainha tinha um coelhão na cartola. Agora, os exércitos das passeatas reclamarão do imperialismo e da invasão da privacidade (?), da desonra à soberania nacional (??) e, por aí se vai a multidão embalada na batida do samba do crioulo doido. Enquanto isso, a despeito do que queriam (mas já esqueceram) os brasileiros, que era a prisão imediata dos políticos corruptos condenados, pensavam em Joaquim Barbosa como o novo paladino, mas não demorou nadinha e já trataram de divulgar possíveis favorecimentos ao presidente do STJ e, com isso, ele de herói, passou a vilão tão rápido como chegou, e a rainha louca  manipula a classe médica impondo os médicos estrangeiros sem mais delongas – mandei e pronto – aumenta o período do curso de medicina de seis para oito anos, obrigando a todos os futuros médicos a serem escravos do governo por dois anos, exceto se o médico for cubano, aí o conhecimento em medicina está dispensado e, finalmente, meus sinceros parabéns ao povo brasileiro que tanto repudiou os anos 1960, que tanto aceitou ser subornado por cachos de banana e bolsas com espelhos e bijuterias brilhantes. Agora já falta quase nada para substituirmos o decadente “Ordem e Progresso” daquela bandeira verde e amarela, para que tenhamos um bandeira vermelha com uma estrela no centro. Será então, neste momento, que deixaremos de ser a República Federativa do Brasil, para sermos a República Popularesca Comunista do Brasil ou simplesmente RPCB, lembrando os falidos tempos da URSS.  

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